O sonho de grande parte da população brasileira pode-se resumir a 3 palavras: morar na Itália.

Antes de tudo, precisamos falar sobre alguns detalhes. Em primeiro lugar, você ainda não reconheceu sua cidadania italiana, é necessário pedir o Permesso di Soggiorno, que é o visto necessário para viver lá e que permite a residência legal em solo italiano. É necessário solicitar o documento nos primeiros 8 dias em solo. Para solicitar, é só procurar uma agência da Poste Italiana (que são os correios do país), e pedir um kit giallo. Esse kit contém um envelope com os formulários e a lista da documentação necessária para solicitar o Permesso di Soggiorno. 

Se você já tem sua cidadania reconhecida, essa permissão não é necessária – lembre, você é um cidadão italiano como qualquer outro! Mas será necessário alterar seu registro diante do poder administrativo. Não será mais necessário o AIRE, já que você não será um cidadão italiano morando fora do território da Itália.

É hora de procurar o apartamento onde você vai morar!

O aluguel de um apartamento pequeno, que são os mais comuns na Itália até pela própria história do país, custa em média 350 euros. Por exemplo, apartamentos maiores costumam subir para até mil euros por mês. As despesas mensais com água, luz, gás, mercado e transporte costumam somar cerca de 400 euros ao mês, mas esse valor pode ser maior ou menor a depender da cidade onde você decidir morar. 

E, claro, a língua e a cultura local também devem ser levados em consideração se você quer morar na Itália. O parlar italiano é bem diferente do português.

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Vi que a Itália estava oferecendo incentivo financeiro para novos residentes. Como funciona?

Realmente é uma oferta tentadora: são cerca de R$ 3,9 mil reais por mês, pagos em euro (700 euros por mês), durante os 3 anos de moradia a qualquer um que esteja disposto a viver nessa bela região de Molise que fica ao sul da Itália. 

Como resultado, o governo pede para seus novos moradores apenas uma coisa: que invistam em Gambatesa. Mais especificamente empreendendo na região. Outro requisito é morar no local, que possui menos de 2 mil habitantes. É preciso também ter cidadania europeia, que é o que acaba por “cortar” vários pretendentes da lista.

Mas por que isso acontece?

Diversas regiões da Itália têm sofrido com a queda de sua população, quer seja por conta dos fluxos migratórios, ou mesmo por conta da baixa natalidade. O ponto é que, a taxa de emprego italiana está entre as menores da União Europeia. Por conta dessa baixa jovialidade de seu povo. Por isso, surge agora a necessidade do incentivo financeiro para vinda de novas pessoas para solo italiano. Com o objetivo de empreenderem e movimentarem a economia regional.

Bem, tendo todos os conhecimentos necessários, o ítalo-brasileiro e CEO da Cidadania4u, Rafael Gianesini, lista seis motivos para que os descendentes de italiano façam as malas e voltem para a terra de suas famílias.

1 – Um museu a céu aberto

Viver na itália

Morar na Itália é como viver dentro de uma obra de arte. Construções e ruínas históricas remontam momentos importantes para a formação da sociedade ocidental, como por exemplo, o período do Império Romano. 

É possível mencionar obras à céu aberto como o Coliseu, Fontana di Trevi, entre outras. Para os amantes da arte, é possível encontrar obras de diferentes períodos da história da arte, mas sobretudo, do renascimento cujo berço do renascentismo foi a maravilhosa cidade de Florença. Ou Firenze, para os íntimos.

Viver na Itália aguça a sensibilidade artística, pois além de várias cidades serem obras vivas, existem museus que são verdadeiros redutos dos gênios da arte que nasceram na Itália, como Leonardo da Vinci, Michelangelo, entre outros. “Para quem gosta de arte e história, desfrutar essas vivências na Itália é um sonho. Imagine pisar no mesmo chão onde o polêmico pensador Nicolau Maquiavel, autor de O Príncipe, pisou”, conta Gianesini.

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2 – Educação gratuita de qualidade

Quem tem filhos em idade escolar têm direito a  desfrutar de uma educação acessível e gratuita. Muitos brasileiros decidem ir morar na Itália para justamente garantir mais oportunidades aos seus filhos, desde o início da vida até a fase adulta.

Isso porque o ensino público, gratuito e de qualidade são direitos previstos na constituição italiana, abrangendo toda formação escolar do estudante até a universidade. O sistema de ensino também conta com o ensino particular, mas é usado somente em casos muito específicos. 

3 – Ganhar em Euro

Ítalo-brasileiros que têm sua cidadania reconhecida e decidem morar na Itália, podem trabalhar legalmente no país. Isso significa receber salários em uma das moedas mais fortes do mundo, o euro. 

Além disso, a Itália possui um amplo mercado turístico a ser explorado. As características históricas e museológicas mencionadas no primeiro tópico, fazem com que o país seja um excelente ponto de oportunidades para quem trabalha com turismo, artes, história, entre outras áreas. 

4 – Sistema público de saúde gratuito e de qualidade

A maior parte dos italianos não têm seguro saúde porque sabem que o sistema público de saúde garante a eles boas condições de tratamento. “Claro que o sistema de saúde deles não é perfeito e há diferenças em relação às diferentes regiões do país, mas é possível abrir mão desse gasto e viver bem”, completa Gianesini.

O sistema funciona de forma contributiva, os cidadãos italianos pagam uma taxa bastante acessível pelo uso do serviço, que é baseada no Imposto de Renda. Caso a família não possua renda fixa ou não tenha condições financeiras para pagar a taxa de saúde, será isenta de pagamento.

5 – Cultura semelhante

A grande maioria dos italianos são gentis e calorosos, sempre muito expressivos através de gestos. Isso faz deles únicos e bastante receptivos a conhecer pessoas novas. 

O brasileiro é conhecido pela sua hospitalidade, então não será difícil para alguém que viveu no Brasil se adequar aos costumes italianos.

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6 – Culinária

culinária italiana

 

A fama da comida e vinhos de qualidade procede. Para quem visita o país em busca de uma experiência gastronômica de qualidade, morar na Itália será mais fácil do que se imagina. 

O que os italianos mais comem na Itália é a massa. Uma das receitas mais populares é o penne all’arrabbiata. Trata-se de um prato típico italiano, feito com massa coberta por um molho feito com alho, tomates frescos e chili, refogado com azeite e com salsa picada por cima. O molho é chamado de all’arrabbiata porque é bastante picante. A opção é bastante popular e está disponível a preços acessíveis nos restaurantes do país.

Além disso, uma das sobremesas mais famosas da Itália é o tiramisu. O nome do doce vem de uma expressão italiana “Tirami Sù”, que significa mais ou menos “puxa-me para cima” ou “levanta-me”.

Outra tradição alimentar italiana é o consumo de ninhos. O país produz a bebida desde 1.200 anos a.C.. A Itália conta com uma rica diversidade de excelentes produtores da bebida.